5 sinais do comportamento suicida e como ajudar
O dia de hoje, 10 de setembro, é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, maior campanha anti estigma do mundo!
Em 2023, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas. E como a Gaia apoia a vida, convidamos a nossa parceira Carolina Tonglet Monzi, Psicóloga Clínica Analítica Comportamental e também pole dancer, para falar sobre o tema ao longo de todo este mês.
No primeiro texto da série, vamos abordar alguns sinais (às vezes quase imperceptíveis) que aquela pessoa próxima a você pode estar dando e como você pode ajudá-la.
Vamos lá?
Infelizmente ainda existem muitos mitos e crenças equivocadas sobre o comportamento suicida. É importante saber que não são somente pessoas que sofrem de depressão ou qualquer outro tipo de transtorno mental é que cometem suicídio.
Este comportamento é multicausal, ou seja, é ocasionado por diversos motivos e, geralmente, a pessoa vê na morte uma solução para os problemas da sua vida e um fim ao seu sofrimento.
Aqui estão alguns sinais que podem indicar ideação suicida:
Recados
A pessoa com ideação suicida geralmente manda “recados” sobre seus sentimentos e/ou planos, seguem alguns exemplos:
– Frases como “não aguento mais”, “preferiria não estar mais aqui”, “eu desisto”, “não tenho mais esperança”;
– Doar bens pessoais que estima muito;
– Passar senha do banco ou deixar os negócios em ordem.
Comportamentos não habituais ou auto lesivos
Outro sinal pode ser a mudança brusca de comportamento, passa a agir de forma ansiosa, agitada ou imprudente, sem pensar nas consequências de suas ações:
– Abuso de álcool e/ou outras drogas;
– Cortar-se;
– Mudança radical na aparência;
– Colocar-se em risco e/ou brigas;
– Dorme muito ou muito pouco.
Isolamento Social
O isolamento social extremo também pode indicar ideação suicida:
– Não sair de casa por um período de tempo prolongado;
– Não responder mensagens, ligações e/ou visitas mesmo estando disponível;
– Não engajar mais em conversas.
Perda de interesse por atividades habituais
A pessoa passa a não ter mais motivação para realizar tarefas que antes eram prazerosas ou até mesmo tarefas básicas da rotina:
– Negligência com higiene pessoal e/ou aparência;
– Não frequentar mais locais de costume;
– Faltas constantes no trabalho;
– Não realiza mais atividades de lazer.
Variações no Humor
A mudança brusca ou alterações constantes de humor, apatia ou euforia extrema também podem ser indicativos:
– Irritação frequente;
– Explosões de raiva;
– Humor deprimido ou ansioso;
– Culpa extrema.
Como ajudar:
-Não julgue, mostre interesse, escute de verdade e com atenção, acolha com afeto e amor.
– Se não souber o que dizer diga apenas: “sinto muito que esteja passando por isso” ou “há algo que eu possa fazer?”
– Pontue seus sentimentos por essa pessoa e sua vontade de ajudar.
– Sempre indique a ajuda de um profissional de saúde qualificado para realizar o tratamento.
Falar sobre o tema NÃO é uma forma de incentivar as pessoas a cometerem suicídio, pelo contrário, conversar sobre o assunto pode ajudar pessoas em sofrimento a aliviar as suas dores e medos.
Ao dar espaço para a pessoa falar sobre o que sente você pode estar salvando uma vida.
Lembre-se de que ninguém quer morrer, a pessoa que comete suicídio entendeu que aquela era a melhor forma de acabar com seu sofrimento! A pessoa não está se sentindo dessa forma porque quer.
Pensamentos e sentimentos são incontroláveis. Dor não se compara, se ampara!!!
Quem é Carolina Tonglet Monzi
Psicóloga especializada em Psicologia dos Desastres e das Emergências pelo CEPPS e nas abordagens ACT e FAP pelo Intituto Continnum.
Carolina já realizou trabalho voluntário com crianças com todos os tipos de transtorno do desenvolvimento na Índia e já foi Psicóloga Voluntária da Cruz Vermelha Brasileira, onde atuou na queda da barragem em Brumadinho (MG).
Atualmente Carol é nômade digital residindo em Portugal.
“Entendo que a saúde mental é uma questão sensível e presente em todos os países do mundo. Este fato motivou a criação do meu consultório online, onde presto atendimento psicoterápico para pessoas de diversas partes do mundo, inclusive brasileiros imigrantes. “
“Entendo que a saúde mental é uma questão sensível e presente em todos os países do mundo. Este fato motivou a criação do meu consultório online, onde presto atendimento psicoterápico para pessoas de diversas partes do mundo, inclusive brasileiros imigrantes. “